MUNDO TEIXEIRINHA - Edição 24

>> 26 de mar. de 2008


Depois de algumas semanas com poucos comentários e participações, nesta semana o blog ferveu. Foram vários comentários, sugestões e perguntas e gente que há tempos não aparecia por aqui. Ótimo, vamos ao trabalho então!

Globo?

O Julio Pedro Martins, possivelmente inspirado na matéria “Teixeirinha na TV”, pergunta se Teixeirinha nunca se apresentou na Rede Globo de Televisão. Honestamente, não tenho coragem de afirmar convictamente que não. Porém, a contar pelas parcas imagens que restaram e pelas imposições do “Padrão Globo”, é possível que Teixeirinha só tenha dado as caras na “Vênus Platinada” quando esta locava boa parte dos domingos para Silvio Santos. Mesmo assim, vou atrás destas informações.

“Sou Gaúcha”

A Rozélia Baptista pede que eu poste a capa do LP “Sou Gaúcha”, gravado por Mary Terezinha em 1978. Infelizmente, revirando meus arquivos, não encontrei a capa deste disco. Assim que achá-la podem ter certeza de que ela aparece por aqui!

“Gaiteiro Cantador”

Falando em Mary, o Fabiano Maccgnanni pergunta se a voz da chinoca que canta “Gaiteiro Cantador” ao lado de Teixeirinha é ou não de Mary Terezinha. Levando em conta a data do disco e a própria voz da moça ousaria afirmar que aquela não é Mary. Possivelmente seja alguma das cantoras pertencentes ao “segundo escalão” da Chantecler na época. Vale lembrar que eu “Ave Maria dos Noivos” uma obscura Anadélia canta ao lado de Teixeirinha. Quem seriam estas quase anônimas cantoras? Vale um desafio!

CDs esgotados

Quem acessar o site da Fundação Teixeirinha poderá ler um recadinho avisando que não existem mais CDs do cantor no mercado e que todos os estoques chegaram ao fim. A informação é verdadeira, embora ainda existam algumas lojas que possuem discos “excedentes” (como no caso do megastore Videolar). Ainda não conversei com Betha Teixeira sobre o assunto, mas imagino que novas edições estejam sendo produzidas para breve.

Fã de Carteirinha

A Elci Dal Olmo quer participar do próximo “Fã de Carteirinha”. Então, Elci, é o seguinte: mande um e-mail intitulado “Fã de Carteirinha” para chicocougo@gmail.com que entrarei em contato com você.

“Carícias de Amor”

A Márcia pede um “Discomentando” sobre o disco “Carícias de Amor”. O pedido já está registrado e será atendido em junho, pois em abril teremos o disco “Assim é nos Pampas” e, em maio, o LP “Guerra dos Desafios”.

Última canção?

A pergunta do Junior Fernandes já foi gentilmente respondida pelo amigo Gabriel, mas vale ressaltar: a última canção que Teixeirinha cantou num show foi mesmo “Quem é você agora”. Isso a levar em conta que sua última apresentação seja mesmo aquela gravada em Gravataí.

Chofer de taxi... e de praça?

O Joaquim tem a seguinte dúvida: as músicas “Chofer de Praça” e “Chofer de Táxi”, apesar dos nomes, são iguais? A resposta é sim. Embora tenham títulos diferentes, tanto a letra quanto a própria gravação dizem respeito à mesma música. Porque os nomes foram trocados? Aí eu jogo a pergunta de volta!

Músicas “perdidas”

Muitos sabem que existem algumas músicas que foram gravadas em discos compactos e hoje estão perdidas por aí suplicando para serem remasterizadas. O Carlitos pergunta, por exemplo, onde estão as canções “Baile do meu rincão” e “A mulher e o avião”. Onde estão tais composições é algo de que eu também adoraria saber. Se elas serão remasterizadas já não tenho tantas esperanças.

Desafios da Jéssica

Antes de fechar, vamos a mais uma série dos Desafios da Jéssica. Ela dá um trechinho da música e eu me encarrego de dizer o título:

“... conheço um outro que era muito conhecido...” = EMBOLADA
“... mas que tem fé na senhora...” = A BRAVURA DO PEÃO
“... fui me vingar do chofer...” = CAVALINHO TORDILHO
“... e a Copacabana...” = VINTE ANOS DE GLÓRIA
“... e misturava o carvão...” = REI DO BARALHO
“... chamei a danada...” = GAÚCHO AMIGO
“... és um moço muito forte...” = OBRIGADO DOUTOR
“... mostrar ao querido povo...” = O FILME CORAÇÃO DE LUTO
“... ela que me fez vender a querência bela...” = ADEUS LINDO RANCHO
“... e furei a bala...” = TIRO DE LAÇO
“... que fez o novo Brasil...” = PRESIDENTE MÉDICI
“... só eu não vi a minha irmã...” = A ESTÂNCIA DO MEU PAI
“... também rezo uma oração...” = NÃO É PAPO FURADO

Agradecimentos

Muito obrigado pela visita de Julio Pedro Martins, Rozélia Baptista, Fabiano Maccgnanni, Jéssica Augusto, Elci Dal Olmo, Maria, Junior Fernandes, Joaquim, Carlitos, Gabriel e Jaison. Àqueles que possivelmente tenham deixado abraços e/ou perguntas no Orkut, peço desculpas por não tê-los atendido. Acontece que os computadores da UFRGS (de onde tenho atualizado o blog e acessado à Internet) resolveram impedir a entrada no Orkut. Abraços a todos!

Fiquem agora com a última matéria preparada ainda em Rio Grande sobre uma das paixões de Teixeirinha: os automóveis. Até semana que vem!

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APAIXONADO POR CARRO...


Em meados dos anos 1990, uma importante companhia petrolífera brasileira difundiu um slogan que se tornou conhecido por todos: “Apaixonado por carro, como todo o brasileiro”. Pois é, mas do que uma frase de efeito, esta assertiva é realmente verdadeira. Pesquisas comprovam que poucos povos no mundo gostam tanto do automóvel quanto nós.

A paixão brasileira pelos “autos” nasceu nos anos 1930, desenvolveu-se com mais intensidade a partir da década de 1960 e, há cerca de 25 anos, alcançou o ápice. Um vigoroso mercado, a criatividade dos desenhistas e até os oito títulos mundiais de Formula 1, conquistados por brazucas, terminaram por impulsionar esta verdadeira relação de amor entre os brasileiros e seus “carangos”.

De juventude humilde, Teixeirinha acompanhou esta evolução automobilística do Brasil – dos calhambeques às supermáquinas. Seu provável contato com o “mundo à motor”, no entanto, parece ter-se dado só em meados dos anos 1940, quando o futuro “Rei do Disco” guiaria os primeiros tratores em granjas do interior. Em 1949, seu irmão Osvaldo Teixeira, conseguiu-lhe uma colocação no Departamento Autárquico de Estradas e Rodagens (DAER). A partir daí ele assumiria o comando das pesadas retro-escavadeiras (no sul conhecidas por “patrolas”).

O tempo passou e o jovem que só guiava carros alheios cresceu, prosperou e tornou-se o maior astro da música regionalista do Brasil. Naturalmente, a fama veio acompanhada do dinheiro, o que possibilitou ao cantor realizar um antigo sonho: ter seu próprio automóvel.

O primeiro carro adquirido por Teixeirinha foi comprado em 1960, com a primeira bolada de cruzeiros que o cantor recebeu como prêmio pela exorbitante vendagem do 78rpm “Coração de Luto”. Era uma Kombi, com a qual o artista passou a excursionar.

Kombi, o primeiro automóvel de Teixeirinha


A Kombi – abreviatura de Kombinationfahrzeug (“Veículo-combinado”, em alemão) – foi o primeiro veículo Volkswagen totalmente fabricado no Brasil. Seu caráter “multiuso” era a grande vantagem oferecida pela perua, que poderia ser utilizada tanto para trabalho, quanto para passeio. O modelo adquirido por Teixeirinha em 1960 era o mais popular deles, o “Standard”, capaz de transportar até 12 passageiros. Com ele, o cantor viajou por quase todo o Rio Grande do Sul acompanhado de seu empresário na época (José Braz de Oliveira) e do gaiteiro (Ademar Silva). Nas portas da van, cartazes anunciavam a presença do artista. Durante alguns anos este foi o veículo “oficial” do “Gaúcho Coração do Rio Grande” e, em 1964, na milonga “Saudades do lar”, ele faria uma menção ao carro:

Quero chegar no meu lar na perua buzinando
Pra ver as ‘criança’ em festa na hora em que vou chegando
Quero matar a saudade que está quase me matando
Agora pára violão, não vê que eu estou chorando!

É provável que o sucesso contínuo de Teixeirinha tenha-o incentivado a ter outros automóveis. Com o tempo, adquiriu vários, chegando a iniciar uma pequena coleção. Depois da Kombi, o “Rei do Disco” comprou um Aero-Willys, um carro luxuoso e potente (ostentava poderosos 110cv). O veículo, projetado pelo norte-americano Brooks Stevens, foi um dos maiores sucessos da fábrica Willys e marcou época na carreira de Teixeirinha, pois apareceu estampado na capa de três discos (“Teixeirinha Show”, “Teixeirinha no Cinema” e num compacto com as músicas “Motorista brasileiro” e “Resposta do Coração de luto”). Não há provas, mas é de se supor que o cantor tenha adquirido dois modelos Aero, um branco e um azul-escuro.

Teixeirinha, Mary e o Aero Willys


Do luxuoso Aero Willys, Teixeirinha pulou para o “carro-conceito” dos anos 1970: o utilitário Veraneio (o de Teixeirinha tinha a placa amarela de código YA 2300). Produzido desde 1964 no Brasil, o modelo era capaz de transportar até seis pessoas. Amplamente utilizado como viatura de polícia e ambulância, o carro da Chevrolet também se tornou um dos preferidos pelos artistas de todo o Brasil. O motivo de tamanho sucesso era simples: além de luxuoso, o Veraneio era potente (149cv). Infelizmente, para os gaúchos este carro reporta o fim da carreira do cantor José Mendes, tragicamente morto a bordo da “camioneta” em 1973 e, um ano depois, homenageado por Teixeirinha com a canção “Alma penosa”:

O José Mendes tombou com seus companheiros
A Veraneio espatifou-se na estrada
Não teve tempo, nos momentos derradeiros
De dar adeus ao seu filhinho e a sua amada


Veraneio: o carro conceito dos anos 1960


Ainda falando de carros práticos, Teixeirinha possuía também uma Ford Belina, outro carro confortável, potente (chegava a 135km/h), capaz de transportar algumas centenas de litros no porta-malas e, principalmente, um automóvel econômico (12km por litro). A Belina pertencia à família Corcel e foi um dos carros mais populares dos anos 1970. Como não encontramos nenhuma foto ou menção de que este fosse mais um veículo de trabalho do cantor, podemos supor que a “station wagon” ficasse mais tempo em poder de um motorista particular, responsável por transportar as filhas e a esposa de Teixeirinha em Porto Alegre.


Ford Belina, 1970


Fechando a coleção, três carros emblemáticos. Do primeiro (um Opala), não se tem muitas informações – tudo o que se sabe é que, em meados dos anos 1970, Teixeirinha e Mary sofreram um grave acidente a bordo dele. Os outros dois, um Galaxie e um Dogde, são mais conhecidos.



O charmoso Opala de Teixeirinha numa das cenas de "Teixeirinha 7 Provas"


O Galaxie LTD de Teixeirinha era vermelho e produzido no Brasil. Fabricado pela Ford desde 1969, a versão era considerada de extremo luxo, possuindo mais de 5 metros de comprimento, painel em madeira, bancos que mais pareciam sofás, acabamento das portas em couro e câmbio hidráulico (automático). O carro, um sonho de consumo, vinha equipado de série com motor v8 e alcançava mais de 160 km/h, um absurdo para os padrões da época.

O outro “carrão” de Teixeirinha era o também famoso (e luxuoso) Dogde. Assim como o Aero, deste Teixeirinha teve dois: com um (o vermelho) o cantor gravou o filme “Meu pobre coração de luto”; o outro (em versão “sport”) aparece em “A quadrilha do Perna-Dura”. Os Dogde eram verdadeiros xodós – principalmente o vermelho. Aliás, apesar de alguns pensarem que este carro é o mesmo que aparece na canção “A Fazendinha”, a data em que a milonga foi gravada aponta o contrário. Lançada em 1971, a música provavelmente se refere ao Galaxie LTD citado anteriormente:


Eu outro dia no carro vermelho
Saí a fim de matar a saudade
E fui rever a velha fazendinha
Onde passei a minha mocidade


Dogde no filme "Meu Pobre Coração de Luto"


Curiosamente, quase todos os carros citados se tornaram famosos. Com exceção da Belina, todos eles aparecem em fotos conhecidas, capas de discos ou em trechos de filmes. Outra coincidência: todos os automóveis foram fabricados no Brasil. Sim, para Teixeirinha, a indústria automobilística brasileira era a melhor e, por isso, ele preferia comprar carros de fabricação nacional. Brasileiros, ágeis, velozes e bonitos: assim tinham que ser os “possantes” do “Rei do Disco”. É, faz parte da paixão...

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MUNDO TEIXEIRINHA - Edição 23

>> 19 de mar. de 2008


Ainda sem um dia certo para as atualizações, venho chegando com a 23ª edição do Mundo Teixeirinha, trazendo tudo o que foi destaque sobre o "Gaúcho Coração do Rio Grande" nesta semana!


Reportagens


Os amigos Rafael Luiz, Jairo Augusto e Samuel pedem reportagens (impressas e de TV) sobre Teixeirinha. Gostaria de dizer a todos os que desejam ver estes documentos que possuo algumas reportagens sim, mas não posso postá-las por dois motivos: (1) elas estão sendo frequentemente utilizadas em minhas pesquisas e fazem parte do material que, no futuro, pretendo lançar junto à dissertação de mestrado e; (2) disponho de pouca tecnologia para publicar fotos do material. Quanto aos vídeos, continuo à procura da participação de Teixeirinha em programas de TV. Por enquanto, não encontrei nenhuma imagem disponível.


Fã de Carteirinha


O Claudiomar de Oliveira agradeceu profundamente pela matéria "Fã de Carteirinha", publicada na semana passada. Ele, assim como o grande amigo Arnaldo Guerreiro, sentiram-se emocionados por serem lembrados como fãs do Rei do Disco. E você, também quer aparecer em nossa galeria sobre os grandes fãs de Teixeirinha? Então envie um e-mail pra chicocougo@gmail.com e responda um pequeno questionário. Quem sabe você não é o "Fã de Carteirinha" de maio?


Agradecimento especial


Há pouco mais de 15 dias morando em Porto Alegre, começo a perceber que esta cidade é um manancial infinito de informações sobre Teixeirinha. Na semana passada, fui muito bem recebido (como sempre) pela Betha Teixeira na Fundação Teixeirinha. Ontem foi a vez de por a mão na massa e começar a viver mais intensamente esta pesquisa. Daí, nada melhor do que uma visita à Glória, endereço ilustre de Teixeirinha. Mais uma vez, fui muito bem tratado pela simpatissíssima dona Zoraida Teixeira. Muito obrigado a todos pela acolhida!


Agradecimentos


Agora sim, os agradecimentos de praxe! Muito obrigado pela visita e um grande abraço ao Rafael Luiz, Jair Augusto, Plínio Menegon, Samuel, Claudiomar de Oliveira, Arnaldo Guerreiro e a todos que visitaram e não deixaram mensagens. Grande abraço!


E agora, deixo com vocês a matéria "Teixeirinha na TV". Vale a pena conferir!


FELIZ PÁSCOA A TODOS!

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TEIXEIRINHA NA TV

Teixeirinha no Programa Bibi Ferreira (TV Excelsior, São Paulo, 1961)

Rádio, cinema e disco são assuntos característicos na carreira de Teixeirinha. O que nem todos sabem ou se lembram é que o cantor também andou se arriscando pela televisão. E, como veremos a seguir, ele até que era bem requisitado pela “caixinha mágica”.

Não há uma data precisa da primeira aparição de Teixeirinha na TV. O que se sabe, entretanto, é que ele foi convidado a apresentar-se nela a partir do fenômeno “Coração de Luto”, no início da década de 1960. Por esta época, a TV Record de São Paulo (canal 7) batia de frente com as poderosas Tupi e Excelsior quando o assunto era audiência. Enquanto estas duas investiam pesado em telenovelas, a Record experimentava uma outra estratégia, destacando-se na transmissão de eventos esportivos e, principalmente, de programas musicais.
Na TV Record, Canal 7 de São Paulo


Na linha de shows do canal 7, fazia sucesso o programa Astros do Disco, apresentado por Randal Juliano aos sábado à noite. Segundo Paulo Cesar Araújo (no censurado “Roberto Carlos em detalhes”), “o programa era semelhante ao carioca Noite de Gala, da TV Rio: um programa musical com grande orquestra no qual os convidados só podiam se apresentar vestidos de smoking. Astros do Disco destacava a parada de sucessos, lançamentos recentes e, às vezes, uma ou outra antiga canção num quadro de flashback. Era o programa musical de maior audiência e prestígio da televisão paulista. Aparecer no Astros do Disco era o desejo de todo artista de música popular (...)” (p.153). Pois bem, lá por 1961, Teixeirinha deu as caras no Astros do Disco!

Naquela época, o “Gaúcho Coração do Rio Grande” era a revelação do ano. E foi das mãos do apresentador Randal Juliano que o cantor recebeu o título de “Rei do Disco”, representado por um pequeno troféu. Ainda em 61, a consagração: depois de quebrar todos os recordes de vendagem, Teixeirinha arrebataria o afamado Troféu Chico Viola, a maior premiação musical do país e que também era transmitida pela TV Record.
Teixeirinha recebe o Troféu Chico Viola em 1963

Durante toda a primeira metade da década de 1960, Teixeirinha se apresentou nos principais programas da televisão brasileira. No canal 9 (TV Excelsior), foi convidado especial do programa Bibi Ferreira (onde divulgou seu primeiro LP). Naquele mesmo período, ele se apresentou nas atrações de Ivon Cury (o popular Bolinha) e do “Velho Guerreiro” Chacrinha.

Mas, passado o frisson inicial de “Coração de Luto”, Teixeirinha parecia fadado a desaparecer. No final dos anos 1960, entretanto, ele e a principal emissora de TV do país na época – a TV Tupi – descobririam um filão de audiência: a polêmica. Não se sabe ao certo quando tudo começou, mas as histórias convergem para dois programas clássicos daquela época. Um era o “Quem tem medo da verdade?”, produção sensacionalista na qual, semanalmente, uma personalidade era julgada por suas atitudes (isso mesmo!) num júri composto por críticos, jornalistas e até outros artistas. O outro programa era o conhecidíssimo “Um Instante, Maestro!”, comandado pelo ultra-polêmico Flávio Cavalcanti.

O programa de Flávio Cavalcanti – apresentado diretamente dos estúdios da TV Tupi do Rio e campeoníssimo no Ibope– era um dos poucos transmitidos ao vivo e em rede para todo o Brasil. Nele, cantores e compositores já consagrados eram analisados por um corpo de jurados. Os reprovados tinham seus discos destroçados pelo apresentador. Quando Teixeirinha aparecia por lá o público e até o júri irrompiam em palmas. Cavalcanti, entretanto, balançava a cabeça e, não raramente, exclamava: “Horrível!”. Geralmente os discos de Teixeirinha eram quebrados e, a cada semana, fervia uma nova polêmica envolvendo ambos. Em 1971, em entrevista à revista Rainha, o cantor demonstrou o que pensava sobre tudo aquilo: “O programa é para combater mesmo. Para causar sensação. Ele [Flávio Cavalcanti] visa muito vender e se promover com isso, e a gente aproveita e vende bastante também na carona (risos)”.

Se aos domingos à noite o “Rei do Disco” figurava na Tupi do Rio, aos sábados à tarde ele tomava conta da TV Piratini (emissora irmã da Tupi, já que ambas pertenciam aos Diários Associados). Isso mesmo! Nos início dos anos 1970, quando as emissoras ainda engatinhavam em suas organizações enquanto rede, ia ao ar diretamente dos estúdios do canal 5 de Porto Alegre, o programa Teixeirinha Sem Limites. A atração era apresentada por Ivo Paim (amigo íntimo de Teixeirinha) e contava com números musicais, piadas, “causos” e outras atrações encabeçadas pelo ídolo gaúcho e sua partner, Mary Terezinha. O auditório da Piratini ficava lotado para assistir ao programa, que era patrocinado pelas Pilhas Everady (num contrato que, especula-se, tenha sido milionário na época). Apesar disso, a audiência não era das melhores, pois em geral o público de Teixeirinha era composto pelas camadas mais pobres da população, pessoas que podiam ouvi-lo facilmente pelo rádio, mas que não tinham condições de adquirir o caríssimo aparelho de TV. Algum tempo depois da estréia, o Teixeirinha Sem Limites chegou ao fim e o cantor retornou ao seu “habitat natural”, o rádio.

Nos anos seguintes, Teixeirinha seria presença freqüente nos programas J. Silvestre, Viola, Minha Viola (apresentado por Inezita Barroso) e Silvio Santos. No Rio Grande do Sul, foi algumas vezes convidado por seu amigo Antônio Augusto Fagundes para o Galpão Crioulo da TV Gaúcha (atual RBS TV). Depois de sua morte, a mesma RBS produziria documentários e programas em homenagem ao “Gaúcho Coração do Rio Grande”. Mas esta já é outra história...

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PEÇA A LETRA

>> 14 de mar. de 2008


No "Peça a Letra" desta semana, a música "24 de Agosto", gravada em 1962 no LP "Saudades de Passo Fundo" (Chantecler).

*
Vinte e quatro de agosto
A terra estremeceu
Os rádios ‘anunciava’
O fato que aconteceu
As nuvens cobriam o céu
O povo em geral sofreu
O Brasil cobriu de luto
Getúlio Vargas morreu
*
Vocês ainda se recordam
Daquela grande eleição
Ele não queria mais
Ser o chefe da nação
Mas o Brasil lhe chamava
Vem cumprir sua missão
Foi por vontade do povo
E a morte fez a traição
*
O Brasil foi abalado
Foi triste no mundo inteiro
Todo mundo lamentando
O destino traiçoeiro
Por ter vindo nos roubar
O maior dos brasileiros
Getúlio deixou saudades
Foi bom e hospitaleiro
*
Seu nome ficou na História
Pra nossa recordação
Seu sorriso era vitória
Da nossa imensa nação
Com saúde ele venceu
Guerra e revolução
Depois foi morrer à bala
Pela sua própria mão
*
O doutor Getúlio Vargas
Nos deixou grande saudade
Deus lá no céu é tão bom
Dele tenha piedade
Os corações brasileiros
‘Pede’ a Deus, por caridade
Ampare ele nos seus braços
Lhe dê paz na eternidade

Um pedido de Fabiano Maccgnanni

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MUNDO TEIXEIRINHA: Edição 22


Mais uma semana de correria e mais um "Mundo Teixeirinha" curtíssimo! Ao trabalho!

Discomentando

Só para constar: em abril o disco protagonista da coluna "Discomentando" será o "Assim é nos Pampas". Em maio é a vez do "Guerra dos Desafios". Sempre, claro, atendendo a sugestões!

Jorge Camargo

É com grande alegria que recebi, nesta semana, mensagens do amigo Portalete, que pretende realizar pesquisas sobre o cantor Jorge Camargo. Quero expressar aqui o meu desejo de boa sorte e que a história deste cantor seja a cada novo dia, plenamente resgatada.

A Gaita Nua

O Plínio Meganon pergunta onde pode encontrar o livro "A Gaita Nua", autobiografia de Mary Terezinha. A pergunta é frequente, mas o endereço já está quase decorado aqui na memória: http://www.livrosbrasil.com.br/

Agradecimentos

Quero agradecer a todos os que deixaram mensagens e elogios ao novo visual do blog e dizer, ainda, que - infelizmente - meu acesso à Internet ainda está restrito e, por esta razão não tenho respondido a maioria dos e-mails e scraps que chegam. O meu abraço especial aos amigos: Fabiano Maccgnanni, Cristina, Samuel, José, João, Portalete, Plinio Meganon, Arnaldo Guerreiro, Claudiomar de Oliveira e a todos os que passaram mas não deixaram recado. Muito obrigado!

E agora, o Fã de Carteirinha especialíssimo com o grande amigo Claudiomar de Oliveira! Espero que gostem!

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FÃ DE CARTEIRINHA: Claudiomar de Oliveira

No primeiro "Fã de Carteirinha" cruzamos o Atlântico em busca da história de Arnaldo Guerreiro, um português aficionado pela vida e obra de Teixeirinha. Hoje, nossa viagem é mais curta, mas não menos importante. Vamos conhecer Claudiomar Pinto de Oliveira, outro fã inconteste do "Rei do Disco".



Claudiomar visita o túmulo de Teixeirinha


Claudiomar é um jovem de 37 anos, nascido na localidade denominada Alto da Cruz, interior do município gaúcho de Canguçu. Filho de agricultores, ele viveu no campo até os 12 anos de idade, quando mudou-se para a cidade a fim de dar continuidade aos estudos. No meio urbano, Claudiomar conquistou muitas vitórias. Formou-se como técnico em Contabilidade e, mais tarde, licenciou-se em Matemática pela Universidade Católica de Pelotas. Hoje, ele cursa a pós-graduação em Matemática e Linguagem pela UFPEL.

Mas não é apenas no campo acadêmico que Claudiomar construiu uma bela e sólida carreira. Apaixonado pelas tradições gaúchas, ele iniciou contato com o Movimento Tradicionalista desde cedo. Em 1989, associou-se ao CTG Raul Silveira. Menos de dez anos depois, em 1998, já era um dos mais empenhados diretoress da 21ª Região Tradicionalista, promovendo inúmeros eventos e, por conta de sua competência, recebendo vários prêmios.


Claudiomar na casa de Teixeirinha


Entre um animado baile de CTG e as salas de aula das duas escolas em que atua como professor (Escola Municipal Guido Timm Venske e Escola Estadual João de Deus Nunes), Claudiomar reserva parte de seu tempo para manter e ampliar uma outra paixão: sua coleção particular sobre Teixeirinha. Comprando ou mesmo ganhando material referente ao cantor, nosso fã de carteirinha já montou um dos maiores e mais importantes acervos particulares em homenagem ao "Gaúcho Coração do Rio Grande".

Entrevistado pelo Revivendo Teixeirinha, o professor relembra o início de tudo: "Meu primeiro contato, que lembro, foi pelos 5, 6 anos, quando pela manhã cedo meus pais ligavam o rádio e graças a Deus era "obrigado ouvir" a todo o vapor os programas, assim começou meu gosto pelas músicas e curiosidade em conhecer depois que cresci. Lembro dos anos seguintes, da abertura dos programas, dos diálogos do Teixeirinha e da Mary, da leitura das cartas, do anuncio dos shows, das propagandas, enfim de algumas musicas que eram rodadas. Minha mãe principalmente cantava pra mim algumas musicas dele, e ficaram gravadas em minha memória, algumas delas eu vim a conhecer na voz do Teixeirinha, 15, 20 anos depois e como foi bom resgatar a memória do que minha mãe cantava".


A coleção particular do grande fã


Da infância humilde até a atualidade, ele segue recordando saudosamente: "Tínhamos apenas um rádio de pilha, este era o único recurso tecnológico que dispúnhamos, do qual acompanhávamos a programação. Na época tinha ascensão outras duplas (Nelson e Janeti, Zezinho e Julieta, De Lima e Leninha, Carlos Cirne e Sonia Mara, Luiz Fernando e Maria Celoy, Milton e Almerinda, Zequinha Ferreira e Beatriz, Chara e Timbaúva, e muitos outros) que faziam certo sucesso e uns falavam sobre os outros, era muito legal a integração. Muitos deles tinham programas em outras rádios. Dos 12 aos 14 anos fui morar na cidade pra estudar, então deixei de ouvir os programas de rádio; Teixeirinha mudou de emissora também; houve a separação, enfim muita coisa ocorreu no começo dos anos 80. Mas até então eu não tinha nenhuma fita, nenhum disco dele, apenas cadernos com letras de músicas copiadas direto do rádio, com meses de trabalho. Quando voltei 2 anos pra o interior, em 84 e 85, passei de novo a acompanhar pelo rádio, quando em 85, aconteceu a morte dele. Lembro quando acordei, naquela sexta feira, dia 06 de dezembro, e ouvi os noticiários em todas as emissoras sobre o ocorrido do seu falecimento, as especulações das causas eram muitas, rádios transmitiam ao vivo os detalhes do velório, ao vivo e ininterruptamente, foi um dia longo".

Claudiomar, assim como a maioria dos fãs de Teixeirinha não teve a feliz oportunidade de conhecer o ídolo pessoalmente. No entanto, ele reforça que "ao analisar a sua obra, tenho a sensação de que o conheci e parece que o vejo no palco, animando e emocionando multidões".

Quando perguntado sobre o preconceito nutrido por algumas pessoas em relação a artistas como Teixeirinha e àqueles que o admiram, Claudiomar de Oliveira nega qualquer constrangimento: "Todos na minha cidade e em vários outros municípios da região, me identificam como fã fervoroso de Teixeirinha, me comentam detalhes e particularidades que ainda lembram, muitos se identificam como fãs também e me fazem muitos pedidos de músicas, principalmente as que não se encontram no mercado. Recebo muitas doações. Nunca me senti constrangido ao ouvir alguma ironia sobre Teixeirinha, o que raramente ocorre, pois quem me conhece sabe o quanto valorizo e levo a sério a sua obra, então o diálogo sempre vai pro lado da curiosidade, e me fazem inúmeras perguntas. Meus alunos todos sabem desta minha predileção, e noto o quanto uma grande porcentagem de jovens gostam ou tem curiosidade em saber quem foi Teixeirinha. Então me sinto muito a vontade em divulgar Teixeirinha" - comenta. Sobre a opinião de amigos e familiares ele revela: "Vêem-me como uma referência de ligação entre o ídolo e sua obra, no sentido que se precisam de alguma coisa sobre ele, o primeiro nome que surge pra auxiliar é o meu. Claro que nem sempre consigo atender, pelo fato de não dispor do que precisam, mas nunca pela falta de consideração de quem me procura. De certa forma minha família orgulha-se de poder contar comigo pra esta valorização, pois saliento que quase a totalidade deles, principalmente pais e tios, são todos fãs também".

Como bom fã de carteirinha, Claudiomar quer saber sempre mais sobre o "Rei do Disco". Para isso, ele mostra dedicação: "Já estive na casa de Teixeirinha, na frente, no saguão pra piscina, no pátio desta casa; no Cemitério da Santa Casa; na exposição 'Teixeirinha: 15 Anos de Saudade' em 2000, na Casa de Cultura Mario Quintana; em todos estes locais acompanhado pelo Teixeirinha Filho e Neto. Estive no Praça Teixeirinha em Passo Fundo, onde tem sua estátua. Também no local onde Teixeirinha tinha o 'Tiro ao Alvo', no inicio da carreira" - revela. E continua: "Tenho uma boa coleção de materiais referentes a Teixeirinha. Entre eles 71 discos diferentes entre Vinil e CDs, incluindo as regravações feitas após a sua morte. Possuo chaveiros, calendários de bolso e parede, propaganda de Erva Mate que eram usados nas paredes dos armazéns, o livro Teixeirinha, o Gaúcho Coração do Rio Grande, o livro Teixeirinha e o Cinema Gaúcho, o livro A Gaita Nua da Mary Terezinha. Dezenas de recortes de Jornais com reportagem ao longo do tempo. Cópias de jornais da época da separação e cobertura da morte de Teixeirinha. Encarte Especial da Revista 'Veja' de 1992. Revista Aplauso de 2002. Livrinhos com letras das músicas publicados nos anos 60 e 80. Revista em Quadrinhos 'Coração de Luto'. 10 filmes em VHS. Várias cartas que ele mandava pros seus fãs. Cópia da Revista 'Rainha' dos anos 70, sobre os acertos e desacertos com Flávio Cavalcanti. Mais de 600 músicas gravadas. Cartão Telefônico em sua homenagem. Muitas fotos em espécie ou digitalizadas. 6 discos de vinil da Mary Terezinha. Todos os discos em vinil e CD do Teixeirinha Filho. 20 e poucas fitas K7".

E já que o assunto é coleção, que tal sabermos qual o ítem mais antigo e mais importante de seu nada pequeno museu? "O primeiro LP, 'O Gaúcho Coração do Rio Grande' de 1961 e os outros dois compactos que usaram o mesmo cenário para as fotografias de capa. Quanto a importância fica difícil, pois cada obra tem uma particularidade, claro que algumas com mais enlevo, mas nenhuma passou desapercebida" - confessa Claudiomar.
Em meio a nossa entrevista, 3 perguntas de praxe e bem pessoais foram respondidas por Claudiomar. A primeira - qual a música de Teixeirinha de que ele mais gosto - ficou sem uma resposta única: "São várias, 'Querência Amada', 'Tropeiro Velho', 'Velho Casarão', 'Mocinho Aventureiro', 'Quase Pequei', 'Passo Fundo do Coração', enfim, são dezenas que aprecio com mesmo gosto" - afirma. Já sobre qual é o melhor disco e o melhor filme do "Gaúcho Coração do Rio Grande", ele foi mais preciso: "O Disco 'Último Adeus', pela qualidade da seleção de sucessos gravados" e "o filme 'Tropeiro Velho' que é o melhor deles, pela história envolvente, onde a mensagem que o mal não compensa, do valor da palavra empenhada, do orgulho ao ser magoado, pela leveza do texto e bom humor em vários momentos e principalmente pela possibilidade do perdão, independente que qual foi o erro, resgatando valores indispensáveis para a solidificação de uma família e resgate da cidadania".

Apesar de fã incondicional, Claudiomar considera Teixeirinha um fenômeno inexplicável: "Tem coisas que nem sempre se explica, na época do seu sucesso em vida, principalmente nos anos 60, até era de se entender pelo menos parte de seu sucesso, pelo grande mercado que existia, pelo talento indiscutível para compor e interpretar, pela boa influência da música sertaneja, pelo apoio que recebeu das gravadoras e emissoras do centro do país, pela ajuda que a crítica deu ao expor a sua obra e assim aguçar a curiosidade das pessoas em geral; enfim, artisticamente ele estava na hora certa, no local correto, fazendo um trabalho de agrado a todos. Hoje porém, o mito se preserva, e para os mitos não se consegue obter uma resposta lógica, apenas se aprende a conviver com ele. E é de certa forma inexplicável como Teixeirinha ainda vende tudo o que é publicado. Outro diferencial que ocorre é o elo de integração automática que acontece entre os fãs de Teixeirinha, que ao conversarem sobre ele, mesmo que seja a primeira vez. O diálogo dá a impressão que são velhos amigos. Só um artista com esta expressão pode proporcionar este tipo de manifestação e também se verifica a emoção que muitas pessoas que o conheceram são tomadas quando falam sobre algum fato que presenciou ao longo da carreira".

Quando perguntado sobre o que diria a Teixeirinha caso pudesse encontrá-lo, o professor tenta usar a imaginação: "Talvez ficasse extasiando apenas reparando seu talento sendo expressado no palco, seu profissionalismo ligado ao carinho que externava para os fãs. Talvez apenas agradeceria por toda a obra que tinha construído, pois ela foi praticamente completa. Talvez dissesse a ele que nunca esquecesse de agradecer a Deus, diariamente, pelo dom que a ele foi dispensado e que poucos na história da humanidade tiveram igual luz. Quanto a solicitar alguma composição, depende da época que tivéssemos este contato. Se fosse no inicio certamente que independente do tema seria atendido; se a conversa já fosse no final da carreira, acho que não haveria o que sugerir, pois acredito que todos os temas foram abordados com muita propriedade".
Claudiomar de Oliveira , este fã de carteirinha da mais alta envergadura, mostra-se sempre simpático quando o assunto é Teixeirinha. Por isso mesmo, não se furta em ler, participar e colaborar com o Revivendo Teixeirinha. E quando lhe é pedido que deixe uma mensagem final a todos que visitam e participam do blog, ele não poupa palavras: "Inicialmente, Chico, te parabenizo pela iniciativa, persistência e qualidade que tens mantido no Blog e agradeço pelo alimento cultural, saudosista e ao mesmo tempo atual da preservação da identidade artística de Teixeirinha, pois tem sido ponto de referência e reconhecimento a todas as gerações, daqueles que viveram paralelo ao sucesso de Teixeirinha e que com certeza relembram muitos fatos de repente já não tão claros em sua memória, e, ao mesmo tempo, à geração atual que está conhecendo agora Teixeirinha e que está sedenta de toda a informação disponível. O blog está cumprindo ao natural todas estas expectativas e torcemos para que continue assim. Agradeço imensamente o convite para compor este espaço e a oportunidade de compartilhar um pouco deste 'sentimento de fã', pois por mais que sejamos fãs e por mais histórias que tenhamos pra contar, sempre será apenas uma estrelinha, na grande constelação artística que Teixeirinha deixou; mas se cada fã externar um pouco da sua paixão, mais estrelas irão surgindo e com certeza esta constelação estará muito mais iluminada. Sugiro a cada um que já acessou este Blog, que divulgue a todos os seus contatos. Vamos ser multiplicadores deste que considero, conforme já expressei, a maior fonte de informações sobre Teixeirinha".

Com palavras como estas, só nos resta agradecer. Muito obrigado, Claudiomar de Oliveira, nosso fã de carteirinha!

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PEÇA A LETRA: "Divulgando o Rio Grande"

>> 5 de mar. de 2008


*

Viajar o Rio Grande do Sul destinei
Capital Porto Alegre as ‘mala’ arrumei
Guaíbas e Tapes, Camaquã parei
Rio Grande, Pelotas, Jaguarão cantei

São José do Norte, Palmares rimei
Fui a Arroio Grande, Canguçu cheguei
Em Piratini, São Lourenço adorei
Pinheiro Machado, em Bagé me hospedei

*

Dom Pedrito e Lavras, São Sepé fiquei
Sarandi, Cachoeira eu me admirei
Caçapava, Ijuí, Cruz Alta avisei
Lajeado, Estrela, Venâncio cruzei

Santa Cruz, Rio Pardo, Encruzilhada andei
Lá em Candelária, Sobradinho eu sei
Fui a Soledade, Espumoso rimei
Lá em Sarandi quase me casei

*

Quarai, Rosário, São Gabriel trovei
Fui a Livramento, Santiago voltei
Itaqui, Alegrete, Iraí descansei
Fui a Três de Maio, Jaguarí passei

Em Santa Maria, São Pedro rezei
São Luiz, Caciqui, São Borja viajei
Tupanciretã, Carazinho morei
Erechim, Passo Fundo lá eu me criei

*

Em Santa Vitória não esquecerei
São Francisco de Assis e de Paula gostei
Lá em Santa Rosa, Uruguaiana entrei
Bom Jesus, Rolante, Taquara avistei

Lagoa Vermelha, Osório improvisei
Lá em Vacaria, Chapada cruzei
Santo Antônio e Torres, no mar eu nadei
Canela e Gramado lá eu veraneei

*

Bento e Veranópolis, Esteio encontrei
Arau, Guaporé, Novo Hamburgo almocei
Viamão, Taquari, Montenegro jantei
São Marco e ‘Caxia’ bom vinho tomei

Herval, Pedro Osório, Ibirubá passei
Julio de Castilho, Triunfo trabalhei
Lá em Campo Bom, Sapiranga toquei
Lá em Farroupilha uma loira eu amei

*

Santo Ângelo e Caí, Sananduva agradei
Canoas, Gaurama, Jiruá inspirei
Em Gravataí, Bom Retiro estudei
Agudo e Palmeira chimarrão tomei

E com municípios que eu não falei
Todos os distritos sem falar fiquei
Não coube no disco, depois falarei
Assim meu Rio Grande do Sul divulguei


Sugestão: THIAGO SENE

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MUNDO TEIXEIRINHA - Edição 22


Primeira postagem do “Mundo Teixeirinha” diretamente de Porto Alegre. Como já devem ter percebido, a atualização do blog acabou saindo bem no início da semana e não no final como era costumeiro. Por enquanto vai ser assim, sem dia certo mesmo. Mas em breve teremos tudo de volta a normalidade (assim espero!).

Inversão de pautas

O texto desta semana deveria ser o “Fã de Carteirinha”, com a participação especialíssima do amigo Claudiomar de Oliveira. Entretanto, em virtude da minha própria correria, irei inverter as pautas. Hoje vai ao ar o “Discomentando”, com o disco “Dorme Angelita”. Semana que vem, Claudiomar de Oliveira e o “Fã de Carteirinha”.

Discomentando

Próximo “Discomentando”: “Assim é nos pampas”. Sugestão do Julio Pedro.

Agradecimentos

Maria Celanira, Ovídio V.P. Freitas, Nilton Tavares, Rozélia Baptista, Fernanda Athayde, Edzapte, Thiago Sene, Julio Pedro Martins, Rafael Luiz, Arnaldo Guerreiro e Claudiomar de Oliveira. Desculpem a rapidez do post!

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DISCOMENTANDO: "Dorme Angelita"


“Dorme Angelita”, lançado em 1967, foi o segundo disco gravado por Teixeirinha pela Copacabana. A primeira vista – e diferentemente dos últimos que analisamos – este LP não traz em si uma grande história. No entanto, ele tem em seu conteúdo, e estampado na própria capa, um mistério: afinal, quem é Angelita?

A guarânia “Dorme Angelita”, além de dar nome ao disco, é a primeira faixa do mesmo. Enquanto música tem um ritmo envolvente, executado por violões, violino e percussão (pode-se ouvir, principalmente, um reco-reco). A voz de Teixeirinha está límpida e afinada, contando com o auxílio de Mary nos refrões. Entretanto, a história contada naqueles pouco mais de três minutos gera discussão até hoje. Angelita, neste caso, seria uma filha do cantor que tem a vida salva em circunstâncias misteriosas antes mesmo de nascer. A canção, envolta em metáforas, poderia ser apenas mais uma bela poesia sem significado autobiográfico, mas um texto na contracapa do LP diz que a guarânia, “além da pinta de sucesso, tem muito de pessoal e comunicativo”. O que seria “pessoal” em “Dorme Angelita”? Porque Teixeirinha utilizaria este mesmo nome em outra canção e em dois filmes? Creio que este seja assunto pra outra história.

Por ora, merece destaque a qualidade sonora e das composições de “Dorme Angelita”. O “Lado A”, além da faixa-título, conta com a toada “Linda Camponesa” – com excelente participação de Mary Terezinha. Gaita, violão e triângulo regem o ritmo da canção que mostra o quanto a desigualdade entre uma simples camponesa e um “moço rico” podem ser superadas pelo amor. O destaque destes três minutos e meio de música fica por conta dos últimos versos, nos quais Teixeirinha acompanha Mary em segunda voz.

As outras quatro faixas da face inicial do LP poderiam estar numa lista das mais caprichadas músicas de Teixeirinha. A terceira música é o tango “Falso Amigo” (tocado por violões e guitarras tangueiras). A letra é mediana (e lembra muito o início da própria relação do “Rei do Disco” com Mary), mas o arranjo e a interpretação do cantor são ótimas. A quarta canção é o clássico “O Colono” – composição que já foi interpretada por vários artistas gaúchos. Desta toada de arranjo simples (gaita, violão e percussão), ressaltam-se a bonita declamação inicial e a própria letra, um conselho àqueles que insistem em desprezar as populações ditas “interioranas”. No fechamento deste primeiro grupo, realce para “A Volta do Tordilho Negro” – rasqueado que conclui a história do cavalo redomão do sucesso de 66 – e “Linda Loirinha”, outro rasqueado, na verdade uma regravação mais lenta e caprichada da original de 1963.

Particularmente, considero o “Lado B” de “Dorme Angelita” melhor. Ele começa com uma das minhas dez músicas favoritas: “Lindo Brotinho” – uma rancheira muito rápida de letra fantástica, onde se mesclam sadias provocações à Jovem Guarda com uma letra “descolada”. Não é a toa que esta eletrizante faixa abra a segunda parte do disco.

Na seqüência, três músicas com a cara de Teixeirinha. “Desafio do Grenal” (faixa 2) é um arrasta-pé executado por gaita, violão e contrabaixo no qual, pela primeira vez, Teixeira e Mary digladiam-se em defesa da dupla GreNal (ele como colorado, ela como gremista). “Distante de Ti” (faixa 3) é uma linda valsa com tímida participação de Mary Terezinha. Conta com uma ótima poesia como letra. “Gaúcho Triste” (faixa 4) aparece como toada-milonga, e traz não só o ritmo, mas a letra característica de Teixeirinha – com desavenças amorosas, abandono pela mulher amada e tristeza, além da personalíssima interpretação “arrastada” do cantor.

Por fim, duas toadas encerram o disco. Uma é “Esperando por você” (faixa 5), cuja interpretação e arranjo (apesar de estarem tratando de uma letra triste) não permitem que a canção se torne melancólica. A última composição é “Vento Minuano”, uma belíssima homenagem ao vento mais famoso dos pampas. É uma das canções mais bonitas deste disco, pois mistura linguagem gaudéria, humorismo quase imperceptível e simplicidade numa das poucas canções deste LP em que o gauchismo aflora por completo.

Aliás, a supressão de vários elementos gauchescos e já característicos na obra de Teixeirinha é uma marca em “Dorme Angelita”. Várias músicas trazem ritmos mais regionalizados e até mesmo mais assimilados ao centro-oeste brasileiro (o rasqueado, por exemplo). Na capa, Teixeirinha também não pousa pilchado e nem tem por detrás um típico cenário campeiro (com muito esforço e após várias observações, acredito que a foto de capa tenha sido tirada em algum ponto do pátio da casa do cantor em Porto Alegre). Apesar dos pesares, o disco é muito bom e está longe de descaracterizar o “Gaúcho Coração do Rio Grande”. Até onde se sabe, foi um sucesso de público e vendas, tendo as músicas “Dorme Angelita” e “O Colono” presença garantida nas paradas de sucesso da época. Ah, uma última informação: conheço pelo menos três senhoras que se chamam Angelita graças a este LP!

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UMA MENSAGEM ESPECIAL

>> 2 de mar. de 2008

No dia 23 de fevereiro, recebi uma mensagem muito especial. Sob o título de "Nosso ídolo!", o texto do e-mail me deixou bastante contente. Atendendo a pedidos do próprio autor da mensagem, estou postando aqui o escrito:


"Chico,


Meu nome é Jair Augusto Moroso, tenho 44 anos, moro atualmente em PortoAlegre (morei muitos anos em Gravataí e tambem em Taquara) e tambem semprefui fã de Teixeirinha, muito mais depois dos 35 anos, quando recomecei aouvir suas músicas e ver seus filmes. Na epoca em que era menino, morava emPortoAlegre e ele estava no seu auge. Vejam só...vivia no mesmo lugar que ele,ele era uma pessoa famosa e ainda vivo, fazia shows e filmes, mas nunca fuive-lopessoalmente, o que é uma pena e lamento muito. Muitas vezes buscoinspiração na figura de Teixeirinha, pela sua força de vontade de viver, quebuscou conquistare superar com seu pouco estudo, mas com muito talento...iso ele tinha desobra...ele sim pode-se chamar de verdadeiro artista, pois ele escrevia suasmusicas,fazia arranjos, as músicas eram verdadeiras histórias (não são como as dehoje, pessoas dizem-se artistas sem compor, sem tocar qualquer instrumento esemcantar, pois a voz pode ser modificada por computador...assim tambem possoser "artista"....! Tenho um amigo de infância (hoje e mora em Lageado/RS)que é filhode um ator que trabalhou nos filmes de Teixeirinha. O Nome dele era RicardoHoeper , já falecido. Participou do filme A Quadrilha do Perna Dura, ondeera o vilão etive oportunidade de conviver na casa dele na epoca dos filmes...Possuo em meu arquivo mais de 300 musicas em MP3 do Teixeirinha e aindaprocuro algumas que não consigo encontrar, mas as tenho em fitas cassetes eumdia terei todas em arquivo pessoal. Tambem possuo a revistinha em quadrinhos"Coração de Luto" e já li o livro "A Gaita Nua" da Mery e também já fui a umshowdela com outros artistas de música evangélica, onde pude ve-la pela primeirae única vez. Já vi diversos shows do Teixeirinha Filho em Taquara e na ultima vez que foipor lá, ele e seu filho (Teixeirinha Neto) ficaram na loja em que trabalhoautografandofotos, cd´s, conversando com clientes... Também colocamos um filme em dvdpara todos verem.Quero parabernizá-lo pelo excelente site e pelas pesquisas que fazes econtunua fazendo em memória de nosso ídolo. Sempre quis fazer o trabalho queestásfazendo, mas meu trabalho no comércio nunca me permitiu que tivesse tempopara elaborar este trabalho. Teixeirinha, como artista, músico, compositor,repentista e trovador é insuperável, creio que por muitos anos não veremosum artista tão completo e dedicado como ele.Gosto de inúmeras músicas dele (Tropeiro Velho, Querencia Amada, Gaucho Amigo, Passo Fundo do Coração e muitas outras....a que mais gosto é Gaita eViolão...Se puderes adicionar este texto em seu site, seria um grande presente paramim e ficaria muito grato....Por favor, Chico, continue este trabalho maravilhoso de preservação eperpetuidade da memória e obra de nosso grande Teixeirinha...


Jair Augusto Moroso"


São demonstrações de gratidão e afeto como estas que tornam meu trabalho mais e mais gostoso. Valeu Jair!

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MUNDO TEIXEIRINHA: Edição 21

>> 1 de mar. de 2008


Depois de duas semanas ausente (por conta da reforma do blog), estou de volta cheio de novidades. Está começando mais uma edição do “Mundo Teixeirinha”!

Novo Revivendo

Nem preciso dizer que o blog está de cara nova. Com visual mais moderno, ágil e de acordo com nossos visitantes, o Revivendo Teixeirinha traz novidades como a navegação por assuntos, a assinatura de Feeds e até uma nova lista de links (divididos em “Parceiros”, “Dicas” e “Orkut”) que será ampliada sempre que surgir alguma página interessante. Aliás, você conhece algum site muito bom e que possa ser relacionado ao nosso? Indique!

Peça a Letra

De uns tempos pra cá muitos internautas têm pedido para que eu poste composições do “Rei do Disco”. Isto é ótimo, ajuda a difundir as letras e não é nenhum crime. O problema é que o “Mundo Teixeirinha” (onde geralmente posto as letras) acaba ficando enorme sempre que aparecem duas ou mais músicas. Para evitar isso, estou criando um novo quadro intitulado “Peça a Letra”. Nele, postarei semanalmente uma composição. Sendo assim, podem continuar pedindo. Atenderei conforme as possibilidades e em ordem de chegada.

Porto Alegre

Esta é a última postagem do Revivendo Teixeirinha realizada diretamente de Rio Grande (minha cidade natal). Por conta do Mestrado em História na UFRGS – que começa dia 10 – estou indo de mala e cuia para a capital gaúcha. A princípio, o blog continuará sendo atualizado semanalmente (embora o dia das postagens deva mudar). Talvez algumas matérias precisem ser adiadas, pois estarei longe do meu computador por tempo indeterminado (pretendo usar os PC’s da Universidade ou Lan Houses). No entanto, não se preocupem. Para o mês de março, já adiantei o trabalho, deixando todos os textos preparados.

Filmografia

O Rafael Luiz sugere que, assim como realizo o “Discomentando” (sobre a discografia de Teixeirinha), passe a dedicar um quadro para discutir os filmes do cantor. Confesso que há uma falha no blog, pois raramente falo de cinema. No entanto, assim que houver possibilidade, começo a tratar dos filmes. Quem sabe não sai até um quadro bimestral pra discutir cada um deles? Alguém aí sugere um nome para o espaço?

Orkut / Messenger / E-Mail

O pessoal que costuma entrar em contato comigo através do Orkut, Messenger ou e-mail, pode continuar mandando seus recados. Talvez eu demore um pouco para responder, mas, sempre que possível, estarei ligado respondendo as dúvidas, discutindo sugestões e tudo mais. Comentários e a caixinha ChatBox aqui do blog também serão devidamente visitados.

Jorge Camargo

E a história continua. Na semana passada, fiquei surpreso em receber uma mensagem do Otálio Camargo, irmão do cantor Jorge Camargo. Ele afirma que as matérias que fiz sobre o Jorge trazem alguns dados superficiais (o que é evidente, dada a falta de informações sobre o artista) e que ele próprio pretende reunir em um site a história de vida do irmão, com fotos e músicas. Tomara que isto ocorra o quanto antes! Tomara!

Zezinho e Julieta

O Salvador me pergunta por onde anda a dupla Zezinho e Julieta. Há tempos busco informações sobre eles – se estão vivos, se ainda cantam -, mas não encontrei absolutamente nada. Quem souber de algo, por favor, manifeste-se!

Próximos temas:

Segue abaixo a lista de pautas para as quatro semanas de março. Se o tema que você pediu ainda não foi atendido, não se preocupe, pois assim que possível as matérias serão realizadas.

07/03: FÃ DE CARTEIRINHA: Claudiomar de Oliveira
14:03: DISCOMENTANDO: “Dorme Angelita”
21/03: TEIXEIRINHA NA TV
28/03: APAIXONADO POR CARRO...

Fã de Carteirinha

Já está aberta a temporada de procura ao “Fã de Carteirinha”, edição de maio. Para participar é necessário responder a um pequeno questionário de 15 perguntas e enviar pelo menos 3 fotografias (uma delas, preferencialmente, com algum objeto/lugar relacionado a Teixeirinha). Se você quer participar, entre em contato comigo através do e-mail chicocougo@gmail.com

Agradecimento especial

O Rafael Luiz pede que eu mande um abraço especial para o Nelinho de Jurerê. É ele – conhecido como Teixeirinha – que está disponibilizando um material que parece ser bem interessante e que o Rafael vai enviar em breve. Valeu Nelinho!

Mary

O Caudinei pergunta se Mary continua tocando sua acordeona e quantos anos ela tem. Sim, Mary continua na atividade (como mostram algumas matérias do arquivo deste blog) e fará aniversário em breve (63 anos). Aliás, conforme já foi dito aqui no blog (atendendo a uma pergunta do tocaio Chico Thibes), os CD’s de Mary podem ser adquiridos pelo site http://www.ncdisc.com.br/

Imagens

A amiga Cristina pergunta se é possível conseguir imagens de Teixeirinha e Mary (gravações de programas de TV ou shows). Por enquanto tem sido quase impossível, pois as emissoras de TV dificilmente divulgam tais imagens e não conheço algum fã que possua um arquivo com antigas apresentações ou aparições de Teixeirinha.

Aniversários

Em razão da minha ida para Porto Alegre, não conseguirei fazer a matéria desejada sobre os aniversários de Teixeirinha e Mary agora em março. É uma infelicidade, pois havia pensado em algo interessante. Mesmo assim, fica aqui a lembrança de que, se estivesse vivo, Teixeirinha estaria completando 81 anos. O aniversário de Mary é no fim do mês.

Rolante homenageia Teixeirinha



Há 81 anos, nascia em Rolante (que naquela época ainda não era cidade, mas sim um distrito de Santo Antônio da Patrulha) o cidadão mais ilustre daquelas redondezas: Teixeirinha. Para celebrar o aniversário do ídolo (e os 53 anos do município), foi inaugurada no último dia 28 uma estátua do cantor em tamanho natural. O monumento está colocado na Praça da Igreja Matriz.

Agradecimentos

O meu muito obrigado aos que visitaram o blog durante esta curta pausa: Rafael Luiz, Gabriel Lopes, Roberto, Juarez, Otálio, Guilherme Righi, Caudinei, Salvador, Cristina, Chico Thibes, Elci Dal Homo, Jaison, Rozélia Baptista, Fernanda Athayde e Claudiomar de Oliveira. Grande abraço a todos!

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