MUNDO TEIXEIRINHA- Edição 13

>> 29 de dez. de 2007


Olá amigos! É com grande orgulho que abro a última edição do Mundo Teixeirinha em 2007 para responder a todos os recados que chegaram nos últimos dias. Como o tempo de todo mundo está apertado, não tenho muitos pedidos a atender. Vamos lá!

Teixeirinha era gremista e ponto!




Essa eu devia há tempos. Em minha última visita à Fundação Teixeirinha, em Porto Alegre, pude apurar o documento que faltava para comprovar, afinal, qual era o time do coração do cantor. Pois bem, aí estão duas das três carteiras de sócio do "Rei do Disco" no tricolor da capital. O título patrimonial de Teixeirinha, registrado no número 0940 no nome de Victor Mateus Teixeira, era isento de mensalidade. Das três carteirinhas (das quais das aparecem nas fotos acima), duas eram destinadas ao uso de cadeiras no Estádio Olímpico, o que nos dá a entender que Teixeirinha assistia aos jogos do tricolor. Pela imagem da foto, a carteira é da década de 1960. Um documento e tanto!

Merci...

O Carlos Teixeira enviou nesta semana dois recados em língua francesa. Bem, não sou um expert no idioma e, tampouco, entendo tudo o que se fala nele. Porém, acho que compreendi o pedido do amigo: ele quer saber como (ou aonde) encontrar o livro de Mary Terezinha. Bem, Carlos, o livro “A gaita nua” pode ser encontrado na Editora Rígel. O contato da referida editora pode ser obtido através do site http://www.livrosbrasil.com.br/_loja_exibir_produto.asp?art_no=8585186445

Teixeirinha X Gildo

O Tino deixou um recadinho na ChatBox dizendo que está aguardando a matéria sobre os desafios entre Teixeirinha e Gildo de Freitas. Aviso ao amigo que já foram realizadas algumas postagens sobre o tema e que elas se encontram nos arquivos do blog. A última delas foi publicada no mês de outubro. Procure por COMPADRE GILDO nos arquivos que o texto está lá!

Quando a velhice chegar

O amigo Julio Pedro Martins (de volta!) pediu a letra da bela canção “Quando a velhice chegar”. Adivinhem em que disco esta música foi lançada? Acertou quem disse “Última tropeada”! Impressionante, mas nos últimos dois meses só dá este LP aqui no Revivendo. Bem, atendendo ao pedido, aí está a música. Canta Teixeirinha!

Ai, ai, meu Deus, quando eu não mais cantar
Não viajar pela querência afora
Não ver os campos e a verde mata
Tenho certeza que o ‘meus olhos’ chora

Não ouvir mais cantar os passarinhos
Desafiando o poeta que sou
Vão me encontrar morrendo sozinho
Pobre poeta que o tempo apagou

[Coro]
Vão me encontrar morrendo sozinho
Pobre poeta que o tempo apagou

Agora eu vejo este tapete verde
Campo que acolhe a boiada pastando
Estas estradas que não tem mais fim
Este poeta percorre viajando

Quando a velhice branquear meu cabelo
As minhas forças chegarão ao fim
Os campos ‘verde’ não puder mais vê-los
Lá na cidade, o que será de mim?

[Coro]
Os campos verdes não puder mais vê-los
Lá na cidade, o que será de mim?

Quando eu não ver uma roça plantada
Rios e riacho que ‘corre’ no pago
Ver a poeira levantar na estrada
E uma chinoca me fazendo afago

Pode saber que eu estarei morrendo
Na minha casa, dentro da cidade
A vida é curta, estarei dizendo
Ai, ai, meu Deus, como dói a saudade

[Coro]
A vida é curta, estarei dizendo
Ai, ai, meu Deus, como dói a saudade

Hoje sou novo, amanhã sou velho
Depois de velho se perde a paciência
Se eu puder me agarro num bastão
Vou me arrastando ver minha querência

Aí então, respondo pro destino
Posso morrer, me enterro num campestre
Tomba um poeta que já foi menino
Sentindo o cheiro da mata silvestre

[Coro]
Tomba um poeta que já foi menino
Sentindo o cheiro da mata silvestre

Gaúcho de Bagé

Eis que também apareceu por aqui a Juliana Panek. Ela pediu a letra “Gaúcho de Bagé”, do LP “O gaúcho coração do Rio Grande, vol 4”, de 1962. O xote é um dos meus favoritos! Aí vai:

Eu, estes ‘dia’ cheguei num carreiramento
Correr um pingo de minha propriedade
Cheguei, gritei: ‘Ouça bem, sou de Bagé
Meu cavalo é pangaré e jogo dinheiro a vontade!’

‘Estique o pala na grama, beirando a cancha
Quem é que topa a parada de um bageense?
O meu cavalo é corredor barbaridade
Parte a cancha na metade e não tem ninguém que me vença’

[Falado]
“Isto que não tem, não tem mesmo, companheiro!”

Saltou uns vinte e ‘foi’ me topando a parada
E eu fui jogando todo o dinheiro que tinha
Foi muito fácil, ganhei aquela carreira
Forrei minha cartucheira, mas depois de ladainha

Deu um buchincho que foi uma coisa louca
Puxei da faca e do meu trinta embalado
Agarrei um e fui batendo nos ‘outro’
Briguei, dei, virei a potro, pra dar conta do recado

[Falado]
“Êta, que eu tive que mostrar a qualidade nesse dia, companheiro!”

Lá por as ‘tanta’, uma chinoca a meu favor
Pulou na briga: ‘Estou contigo, gauchinho’
Meio apertado, perguntei ela quem é?
‘Eu também sou de Bagé e tu não vai brigar sozinho!’

‘Ganhemo’ a briga com a maior facilidade
Cheguei pra china e agradeci, sorridente
O meu cavalo é o que me resta ainda
Agarra, chinoca linda, e leva ele de presente

[Falado]
“Uma moça bonita e valente como essa vale mais de que um cavalo corredor!”

Me agradeceu e pegou a rédea do pingo
Me disse assim: ‘Meu gaúcho, eu sou solteira!
Este cavalo é forte no upa e upa
Leva nós dois de garupa, ‘vamo’ junto pra fronteira’

Pensei um pouco, solteiro eu sou também
Vou voltar junto com esta chinoca pra trás
Disse pra ela: ‘Eu caso de boa fé
Quando nós chegar em Bagé, eu vou falar com teus pais’

CD, LP, MP3?

Também de volta ao blog está a amiga Fernanda Athayde. Ela volta com uma sugestão muito boa. Pede que eu faça um texto falando dos discos de Teixeirinha que foram ou não remasterizados e, também, das músicas em formato de MP3. Já estou levantando material e prometo encaixar esta matéria ainda na pauta de janeiro, Fernanda. Valeu pela dica!

Agradecimentos

Nos últimos “Agradecimentos” do ano, devo estender meu muito obrigado a todos que visitaram o blog durante 2007. É muito bom saber que existem pessoas interessadas em aprender ou compartilhar novidades sobre nosso Teixeirinha. Aos que visitaram a página nesta semana, aí vai o meu abraço: Jaison, Pedrinho Mendes, Arnaldo Guerreiro, Rozélia Baptista (beijos e ótimo ano novo!), Julio Pedro Martins (vê se não some, heim?), Juliana Panek (seja bem-vinda!), Fernanda Athayde (tu também, não suma!), Tino, Carlos Teixeira e Cristina (beijos pra ti!). Um ótimo ano novo para todos e até 2008!

Deixo com vocês agora o texto “Vem aí um novo ano!”. Volto na semana que vem com novidades! Até lá!

6 comentários:

Anônimo 31 de dezembro de 2007 às 05:09  

OBRIGADA CHICO! ADORO A COLUNA "MUNDO TEIXEIRINHA", NELA SE PODE VER O CARINHO DE TODOS PARA COM A MEMÓRIA DE TEIXEIRINHA! MAS É ISSO! AGORA SÓ EM 2008, PARA SE DELICIARMOS MAIS SOBRE A VIDA E OBRA DO GAÚCHO CORAÇÃO DO RIO GRANDE! BEIJOS!

Anônimo 31 de dezembro de 2007 às 05:21  

Aonde poderia encontrar o Cd Última Tropeada?

Anônimo 1 de janeiro de 2008 às 04:50  

Oi?
Obrigada pela letra! Desculpa fazer outro pedido, mas poderia postar a letra da música "Gauchinha Hospitaleira"
Se puder agradeço!
Beijinhos =*

Anônimo 1 de janeiro de 2008 às 12:35  

Que site maravilhoso! Sou de Minas e adoro as canções do Teixeirinha, aprendi a gostar com o meu querido avô Julio Xavier da Silva, amo a canção 'Volte Papai', ela me faz recordar meu avô, hoje buscava a letra, mas não encontrei, será que vocês poderiam colocar ela no site? Obrigada.

Anônimo 2 de janeiro de 2008 às 05:36  

Quantos discos Teixeirinha realmente gravou?

Anônimo 3 de janeiro de 2008 às 04:59  

Oi!
Comprei o CD Teixeirinha Show, e tenho uma dúvida, as músicas parecem estar cortadas, tipo a faixa "Abertura" só tem 23 segundos e Teixeirinha diz no final "traz por título..." e daí acaba e muda para outra faixa! O álbum é assim mesmo? Porque os cortes?
Obrigado!

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