DIA DAS MÃES

>> 9 de mai. de 2008

Você pode ser católico, evangélico, umbandista, espírita ou até mesmo ateu. Pode não acreditar em todos ou em nenhum dos credos existentes. Mas uma coisa é certa: todos nós amamos e respeitamos uma figura sem a qual nossas vidas não existiriam. Todos nós saudamos nossas mães.
E com certeza, nenhuma figura foi tão marcante na vida de Teixeirinha quanto sua mãe. De dona Ledurina, morta tragicamente em 1936, não restaram fotos ou documentos – dizem apenas que ela tinha cabelos louros e era muito bonita. Porém, seu ilustre filho tratou de apresentar sua genitora ao mundo através de inúmeras canções, dentre as quais o clássico Coração de Luto (1960).
A mãe de Teixeirinha quase sempre aparece em canções de lamento, músicas que mostram as saudades que aquele órfão sentia. Em Cidade triste (1978), o “Rei do Disco” lamentava que “Todos tinham mamãezinha / só eu, coitado, não tinha / para me dar um carinho”. Já em Aniversário de mamãe (1975), ele falava nos versos finais que “não há palavra que tenha expressão para dizer o quanto vale o teu infinito amor”. Numa outra composição, ele ouvia, em sonho a carta que sua amada mãe lhe enviara:


“Meu filho, não chores mais
Eu estou muito feliz
Estou junto de Deus
Porque assim ele quis

Não chores mais, meu filho
Deus é bom e soube o que fez
Mais tarde, no reino da glória
Nos veremos outra vez

Meu filho, eu te amo tanto
Escuta bem o que eu digo
Embora tu não me vejas
Estarei sempre contigo

Meu filho, enfrente a vida
Prossiga sem vacilar
Reze bastante pra Deus
Só ele pode te ajudar

Mais uma vez eu te peço
Meu filho, não chores mais
Teu pai também está aqui
Deus sempre sabe o que faz

Agora, filho querido
Esta carta chega ao fim
Agradeço as orações
Que tens rezado por mim

Seja um verdadeiro homem
Assim como teu pai foi
Adeus, meu querido filho
E que Deus te abençoe”

As saudades da mãe, entretanto, não impediram que Teixeirinha criasse uma música dedicada ao Dia das Mães (dia que, dizem alguns, era marcante em sua vida, pois sempre era triste e de lamentos). A música, hoje rara, foi gravada em um compacto no início da carreira do cantor, em 1962. Para homenagear as mães de todo o mundo (e nesta data estarei longe da minha!), encerro este meu texto curtinho sobre as nossas rainhas com a bonita letra de Dia das mães:

Todos os ‘ano’, em mês de maio
Eu volto no mesmo dia
Cantar pra minha mãezinha
Uma nova melodia

Eu vou falar novamente
A senhora já sabia
Dar-lhe um respeitoso abraço
Com prazer e alegria

Todos filhos amorosos
Da sua mãe não esquece
Ele volta em mês de maio
O mês que as flores ‘floresce’
Senão mamãe fica triste
Chora, suspira e padece

*

Foi Deus que mandou pra mim
Esta mãe que tanto amo
Quando estou triste na dor
Seu santo nome eu chamo

Quando ela está doente
Quantas lágrimas derramo
Mas estando com saúde
De nada mais eu reclamo

Nada tenho neste mundo
Sou pobre, é a realidade
Não me interessa a riqueza
Não quero ter vaidade
Eu tendo a minha mãezinha
Pra que mais felicidade?

*

Mamãe do meu coração
Que sempre me deu guarida
Por esse filho que amas
Nunca serás esquecida

Neste dia das mamães
Nesta data tão querida
Deus lhe dê muita saúde
E muitos anos de vida

Minha mãe abençoada
Que tanta bondade tem
Estes verso ‘é’ um presente
Eu lhe quero tanto bem
Adeus, querida mãezinha
Até o ano que vem


E um feliz dia para todas as mães!

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