TEIXEIRINHA EM QUADRINHOS
>> 8 de jun. de 2007
Que Teixeirinha havia atuado em rádio, disco, cinema e televisão todo mundo já sabia. Agora, você sabia que ele também foi personagem de história em quadrinhos? Isso mesmo! Foi em 1974, na revista “Coração de Luto em quadrinhos”.
Não se sabe de quem foi a idéia da publicação. O que sabemos é que, depois do sucesso da música e do filme “Coração de Luto”, a carreira de Teixeirinha ficou tão ligada ao fenômeno que não faltaram maneiras de explorá-lo. A revista em quadrinhos, com primeira edição de 1974, teve tiragem inicial de 10.000 exemplares. Ela foi impressa pela Editora Metrópole de Porto Alegre, mas deveria ser pedida num endereço bastante conhecido: a Galeria Di Primio Beck, onde se localizava o escritório de Teixeirinha. Num momento posterior, a revista ganhou uma segunda edição, com a mesma tiragem. Os 20.000 exemplares foram esgotados tão logo chegaram às bancas.
“Coração de Luto em quadrinhos” tinha como história central a saga de Teixeirinha quando menino. A revista baseia-se por completo no roteiro da primeira parte do filme “Coração de Luto”, descrevendo os passos do pequeno Vitor Matheus Teixeira do nascimento até a orfandade, com nove anos. A criação, adaptação e os desenhos ficaram sob responsabilidade de Fernando Jorge Uberti. Já a supervisão do projeto foi encargo da Person Publicidade LTDA. A apresentação inicial do livrinho foi assinada pelo conhecido Darcy Fagundes, que em determinado momento afirma: “Esse Teixeirinha é gente, barbaridade. Sempre foi, desde que nasceu.”
A história de “Coração de Luto” traz 39 páginas com as principais fases da vida do menino Vitor. Os desenhos retratam a vida no interior, as dificuldades enfrentadas por Ledurina e Saturnino (pais de Teixerinha) e as tragédias que abalariam a vida do futuro cantor. No último instante, uma passagem interessante: “O que viria depois era ainda uma interrogação para aquele menino órfão, com o coração de luto, que chegava sozinho para enfrentar o desconhecido. Mas duas coisas ele trazia consigo: a certeza de que o futuro não poderia ser pior do que o passado; e o violão, a única companhia que lhe restou.”
Mas “Coração de Luto em quadrinhos” não trazia apenas a trágica infância do Rei do Disco. Na metade final da revista, é mostrada um pouco da intimidade do cantor em “Assim vive Teixeirinha”. São dezenas de fotos do artista em sua casa na Glória em Porto Alegre. No pátio, na varanda, na piscina em formato de cuia, assistindo televisão, no aconchego de seu lar. São diversas poses de Teixeirinha, ora abraçado a violões, ora dirigindo alguns de seus automóveis. Divididas por determinados temas, algumas fotos mostram Teixeirinha em meio a bezerros, cavalos, porcos e outros animais naquele que, supõe-se, seria o futuro Rancho do Capivari. Uma das fotos que mais impressiona é a do interior de seu escritório, onde se avistam milhares (quem sabe milhões) de cartas de seus fãs.
Uma terceira parte da revista (que tem, no total, 65 páginas), traz algumas das letras mais famosas do cantor. Dentre elas, destacam-se a toada-milonga “Coração de Luto” e “Relho Trançado”. Na contracapa, uma bonita foto de Teixeirinha e Mary Terezinha (ele abraçado ao violão e ela à acordeona). O retrato segue acompanhado pela dedicatória “A você, com nosso carinho” e o autógrafo dos cantores. Um trabalho muito bem feito, onde se destacam a preocupação com a qualidade do material e satisfação do leitor.
“Coração de Luto em quadrinhos” foi comercializada no Brasil por Cr$ 10,00 e em Portugal por Esc. 50$00. Isso mesmo! A revista foi parar até na terra de Cabral, comprovando o sucesso do cantor por além-mar. Apesar do bom número de exemplares vendidos, podemos imaginar que muitos deles não tenham sobrevivido até o presente. Se chegaram até nossos dias, decerto estão muito bem guardados junto com as relíquias pessoais de alguém. Particularmente, conheço apenas quatro pessoas que possuem “Coração de Luto em quadrinhos”: Betha Teixeira, Arnaldo Guerreiro (de Portugal), Claudiomar de Oliveira e um primo deste. Aliás, não posso deixar de agradecer ao professor Claudiomar que, gentilmente, disponibilizou-me uma cópia da revista. É muito provável que existam outros exemplares de “Coração de Luto em quadrinhos” por aí. Contudo, não é tarefa fácil encontrá-los. Assim, fica registrada aqui um pouco da história de mais esta curiosidade sobre o grande Teixeirinha.
Não se sabe de quem foi a idéia da publicação. O que sabemos é que, depois do sucesso da música e do filme “Coração de Luto”, a carreira de Teixeirinha ficou tão ligada ao fenômeno que não faltaram maneiras de explorá-lo. A revista em quadrinhos, com primeira edição de 1974, teve tiragem inicial de 10.000 exemplares. Ela foi impressa pela Editora Metrópole de Porto Alegre, mas deveria ser pedida num endereço bastante conhecido: a Galeria Di Primio Beck, onde se localizava o escritório de Teixeirinha. Num momento posterior, a revista ganhou uma segunda edição, com a mesma tiragem. Os 20.000 exemplares foram esgotados tão logo chegaram às bancas.
“Coração de Luto em quadrinhos” tinha como história central a saga de Teixeirinha quando menino. A revista baseia-se por completo no roteiro da primeira parte do filme “Coração de Luto”, descrevendo os passos do pequeno Vitor Matheus Teixeira do nascimento até a orfandade, com nove anos. A criação, adaptação e os desenhos ficaram sob responsabilidade de Fernando Jorge Uberti. Já a supervisão do projeto foi encargo da Person Publicidade LTDA. A apresentação inicial do livrinho foi assinada pelo conhecido Darcy Fagundes, que em determinado momento afirma: “Esse Teixeirinha é gente, barbaridade. Sempre foi, desde que nasceu.”
A história de “Coração de Luto” traz 39 páginas com as principais fases da vida do menino Vitor. Os desenhos retratam a vida no interior, as dificuldades enfrentadas por Ledurina e Saturnino (pais de Teixerinha) e as tragédias que abalariam a vida do futuro cantor. No último instante, uma passagem interessante: “O que viria depois era ainda uma interrogação para aquele menino órfão, com o coração de luto, que chegava sozinho para enfrentar o desconhecido. Mas duas coisas ele trazia consigo: a certeza de que o futuro não poderia ser pior do que o passado; e o violão, a única companhia que lhe restou.”
Mas “Coração de Luto em quadrinhos” não trazia apenas a trágica infância do Rei do Disco. Na metade final da revista, é mostrada um pouco da intimidade do cantor em “Assim vive Teixeirinha”. São dezenas de fotos do artista em sua casa na Glória em Porto Alegre. No pátio, na varanda, na piscina em formato de cuia, assistindo televisão, no aconchego de seu lar. São diversas poses de Teixeirinha, ora abraçado a violões, ora dirigindo alguns de seus automóveis. Divididas por determinados temas, algumas fotos mostram Teixeirinha em meio a bezerros, cavalos, porcos e outros animais naquele que, supõe-se, seria o futuro Rancho do Capivari. Uma das fotos que mais impressiona é a do interior de seu escritório, onde se avistam milhares (quem sabe milhões) de cartas de seus fãs.
Uma terceira parte da revista (que tem, no total, 65 páginas), traz algumas das letras mais famosas do cantor. Dentre elas, destacam-se a toada-milonga “Coração de Luto” e “Relho Trançado”. Na contracapa, uma bonita foto de Teixeirinha e Mary Terezinha (ele abraçado ao violão e ela à acordeona). O retrato segue acompanhado pela dedicatória “A você, com nosso carinho” e o autógrafo dos cantores. Um trabalho muito bem feito, onde se destacam a preocupação com a qualidade do material e satisfação do leitor.
“Coração de Luto em quadrinhos” foi comercializada no Brasil por Cr$ 10,00 e em Portugal por Esc. 50$00. Isso mesmo! A revista foi parar até na terra de Cabral, comprovando o sucesso do cantor por além-mar. Apesar do bom número de exemplares vendidos, podemos imaginar que muitos deles não tenham sobrevivido até o presente. Se chegaram até nossos dias, decerto estão muito bem guardados junto com as relíquias pessoais de alguém. Particularmente, conheço apenas quatro pessoas que possuem “Coração de Luto em quadrinhos”: Betha Teixeira, Arnaldo Guerreiro (de Portugal), Claudiomar de Oliveira e um primo deste. Aliás, não posso deixar de agradecer ao professor Claudiomar que, gentilmente, disponibilizou-me uma cópia da revista. É muito provável que existam outros exemplares de “Coração de Luto em quadrinhos” por aí. Contudo, não é tarefa fácil encontrá-los. Assim, fica registrada aqui um pouco da história de mais esta curiosidade sobre o grande Teixeirinha.
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