TEIXEIRINHA: 80 ANOS DE SUCESSO

>> 3 de mar. de 2007



Há 80 anos, no dia 3 de março de 1927, nascia Vitor Mateus Teixeira, o Teixeirinha. Em vida, amargou alguns reveses do destino – como a prematura morte de sua mãe –, mas também viveu a glória do sucesso. Pioneiro no quesito “artista multimídia”, Teixeirinha conquistou (e ainda conquista) milhões de admiradores, através de programas de rádio e TV, filmes, discos (78RPM, EP, LP, K7, CD...), entrevistas, shows...
Numa época em que o Brasil ainda não se comunicava tão rapidamente como hoje, Teixeirinha fez milagres. Com canções simples, levando as histórias que o povo sente e conhece, ele chegou aos mais longínquos recantos deste imenso país. Aos críticos, respondia com mais sucesso. Ao povo também. Vendeu milhões de discos e levou milhares de espectadores às salas de cinema, mas sempre permaneceu sendo o artista simples. Podia se apresentar em conhecidos teatros norte-americanos (como o fez), mas não abandonava os pequenos circos do interior.
Comparável a sua simplicidade, só mesmo a sua autenticidade. Foi simples por que foi autêntico e vice-versa. Sabia cantar o que o povo sabia (e sabe) ouvir. E quando, já consagrado, uniu-se à talentosa Mary Terezinha, o Rio Grande viu nascer a mais querida dupla de todos os tempos. Cantando passagens românticas, peripécias campeiras ou urbanas, saudades, fatos verídicos, homenagens ou desafios (uma febre nos anos 60), o casal chegou a casa de milhões de pessoas, sendo sempre bem recebido.
Hoje, 80 anos depois daquele 3 de março, paira a pergunta: como explicar Teixeirinha? A resposta, certamente, não é fácil. Talvez não exista explicação. Teixeirinha só pode ser visto como um daqueles fenômenos que surgem raramente e que se eternizam. Todas as partes do mundo acabam por consagrar os grandes nomes. Aconteceu com Gardel na Argentina, com nossa Carmen Miranda e tantos outros. Hoje fica difícil acreditarmos que haja, em algum lugar deste Estado (ou até mesmo do país), algum lar que não tenha ouvido falar de Teixeirinha. É por isso que estes 80 anos (a meu ver, mais importantes do que os 20 anos de sua morte) devem ser comemorados. Devemos lembrar que há 80 anos nasceu um cantor que ainda permanece vivo. E, parafraseando “los hermanos” argentinos (quando se referem a “El Máximo Carlos Gardel”): Teixeirinha “No murió, apenas sus ojos se cerraron”...

5 comentários:

Jaison 3 de março de 2007 às 19:20  

Parabens Ao teixeirinha e a vc Chico, pelo seu interesse em resgatar a historia deste grande artista brasileiro.

Prof. Claudiomar Oliveira 3 de março de 2007 às 19:22  

Parabéns Chico, pela iniciativa. Valorizar e Reconhecer Teixeirinha, como a maior expressão artística do Rio Grande do Sul é simplesmente solidificar história recente do nosso estado, na sua expressão mais original, o Canto de Amor a Terra, coisa que ninguém melhor do que Teixeirinha soube fazer. 80 anos teria hoje, mas já está imortalizado ainda por muitas gerações, pois o mito permanecerá. Não cabe hoje discutir o que Teixeirinha não fez, mas apenas apreciar, valorizar e entender tudo o que fez. Não cansem de buscar a obra de Teixeirinha, pois sempre encontrará novidades ou buscará boas lembranças. Teixeirinha é isso , passado e futuro, margeando um presente de História Musical Gaúcha.

Ed Carlos da Silva 4 de março de 2007 às 09:28  

Oh sim, muito legal a iniciativa mesmo. Quando mais vejo que Teixeirinha foi um mito, mais coisas fico sabendo a respeito, redescobrindo a toda hora.
Parabéns a iniciativa
ass:
Ed Carlos

Unknown 5 de março de 2007 às 05:31  

Que bom lembrar desse imortal que jamais morre em nossos corações, parabens, Elias Teixeira.

Anônimo 18 de outubro de 2007 às 06:12  

TEIXEIRINHA DEIXOU MUITAS SAUDADES! QUE PENA QUE NÃO ESTÁ MAIS ENTRE NÓS! BEIJOS!

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