VENENO NA TERRA
>> 6 de abr. de 2007
Em tempos onde muito se tem falado sobre a preservação da natureza, relembramos hoje a bonita canção “Veneno na terra”, composta por Teixeirinha. Vinte e cinco anos após seu lançamento, a música – um verdadeiro exemplo do imenso universo criativo do compositor – continua atual.
“Veneno na terra” foi lançada como a 11ª faixa do LP “Que droga de vida” (Chantecler, 1982). Na letra, Teixeirinha expressa sua indignação para com aqueles que insistem em destruir o meio-ambiente com venenos (agrotóxicos) e desmatamento. Boa parte da canção discorre acompanhada pelo som de pássaros, dando um tom bastante poético à melodia. Entre um verso e outro, Teixeirinha revela seu pensamento sobre a ciência, falando: “Eu não sou contra a química. Mas aquela que mata o homem, eu sou contra!”.
“Veneno na terra” é mais uma das tantas canções de Teixeirinha que merecem ser sempre lembradas e ouvidas. Mesmo 25 anos após seu lançamento, ela ainda permanece atual, servindo como um bonito convite à reflexão sobre a natureza. Por isso mesmo, segue abaixo a letra de “Veneno na terra”. Quem preferir ouvi-la pode adquirir o CD 40 da Série Gauchíssimo (Orbeat Music, 2005), disco que leva o mesmo nome do LP lançado em 1985: “Que droga de vida”.
Veneno na terra (Teixeirinha)
*
Veio o progresso e destruiu as matas
E os passarinhos já foram embora
Os que não foram, o veneno matou
Ai que tristeza, Rio Grande de outrora
Sei que o progresso é muito importante
Mas muita coisa ele também destrói
A natureza silvestre e saudável
Já não tem mais, e o coração me dói
Não vejo as águas dos rios e riachos
Tão cristalinas como antigamente
Onde as espécies matavam a sede
E a natureza sorria pra gente
Veneno brabo, do progresso louco
Poluiu tudo, desgraçadamente
*
[Falado]
“Eu não sou contra a química. Mas aquela que mata o homem, eu sou contra!”
É muito lindo verduras plantadas
Ver os trigais, os arrozais também
Mas é na base do puro veneno
Venha e me digam que graça isso tem
Ganância é triste, querem plantar tudo
Por que não plantam só a metade?
Reserve as matas à Mãe Natureza
Que dá saúde para Humanidade
Como é que antes plantavam e colhiam?
Sem o veneno não havia fome
Por que um inseto combatia o outro
E não morria envenenado o homem
Mas gananciosos derrubaram as matas
E é só veneno que o povo come
*
[Falado]
“E foi por isso que mudou a ecologia!”
Quero a volta das verdes matas
Quero as espécies do animal nativo
Quero os peixes e as águas puras
E também quero o progresso vivo
Quero o retorno dos passarinhos
Quero a pureza do campo e da serra
Pra não matar o homem do amanhã
Não ponham mais veneno na terra
Quero que morra o cientista burro
E no caixão leve todo veneno
Quero que nasça um cientista humano
Com outra química para o terreno
Vão se unir matas e plantações
E amanhecer molhadas de sereno
“Veneno na terra” foi lançada como a 11ª faixa do LP “Que droga de vida” (Chantecler, 1982). Na letra, Teixeirinha expressa sua indignação para com aqueles que insistem em destruir o meio-ambiente com venenos (agrotóxicos) e desmatamento. Boa parte da canção discorre acompanhada pelo som de pássaros, dando um tom bastante poético à melodia. Entre um verso e outro, Teixeirinha revela seu pensamento sobre a ciência, falando: “Eu não sou contra a química. Mas aquela que mata o homem, eu sou contra!”.
“Veneno na terra” é mais uma das tantas canções de Teixeirinha que merecem ser sempre lembradas e ouvidas. Mesmo 25 anos após seu lançamento, ela ainda permanece atual, servindo como um bonito convite à reflexão sobre a natureza. Por isso mesmo, segue abaixo a letra de “Veneno na terra”. Quem preferir ouvi-la pode adquirir o CD 40 da Série Gauchíssimo (Orbeat Music, 2005), disco que leva o mesmo nome do LP lançado em 1985: “Que droga de vida”.
Veneno na terra (Teixeirinha)
*
Veio o progresso e destruiu as matas
E os passarinhos já foram embora
Os que não foram, o veneno matou
Ai que tristeza, Rio Grande de outrora
Sei que o progresso é muito importante
Mas muita coisa ele também destrói
A natureza silvestre e saudável
Já não tem mais, e o coração me dói
Não vejo as águas dos rios e riachos
Tão cristalinas como antigamente
Onde as espécies matavam a sede
E a natureza sorria pra gente
Veneno brabo, do progresso louco
Poluiu tudo, desgraçadamente
*
[Falado]
“Eu não sou contra a química. Mas aquela que mata o homem, eu sou contra!”
É muito lindo verduras plantadas
Ver os trigais, os arrozais também
Mas é na base do puro veneno
Venha e me digam que graça isso tem
Ganância é triste, querem plantar tudo
Por que não plantam só a metade?
Reserve as matas à Mãe Natureza
Que dá saúde para Humanidade
Como é que antes plantavam e colhiam?
Sem o veneno não havia fome
Por que um inseto combatia o outro
E não morria envenenado o homem
Mas gananciosos derrubaram as matas
E é só veneno que o povo come
*
[Falado]
“E foi por isso que mudou a ecologia!”
Quero a volta das verdes matas
Quero as espécies do animal nativo
Quero os peixes e as águas puras
E também quero o progresso vivo
Quero o retorno dos passarinhos
Quero a pureza do campo e da serra
Pra não matar o homem do amanhã
Não ponham mais veneno na terra
Quero que morra o cientista burro
E no caixão leve todo veneno
Quero que nasça um cientista humano
Com outra química para o terreno
Vão se unir matas e plantações
E amanhecer molhadas de sereno
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