O OUTRO TEIXEIRINHA
>> 29 de jun. de 2008

Menos de um ano depois de sua entrada no São Paulo, Teixeirinha já era um atuante ponta-esquerda. Velocíssimo, ele ficou marcado por sua principal jogada: corria junto à linha lateral e só virava a direita a poucos metros da linha de fundo. Dizem alguns que Teixeira não era um astro, mas que se destacava justamente pela regularidade, ou seja, não era o melhor, mas dificilmente tinha atuações ruins.
Para que se tenha uma idéia da importância de Teixeirinha para a história do São Paulo, basta dizer que ele dividiu espaço com Leônidas, Sastre e Remo, os grandes craques daquele período. Além disso, Teixeirinha é até hoje o terceiro maior artilheiro do São Paulo, com 183 gols. Aliás, falando em números, Elísio ostenta um recorde interessante: é o jogador que permaneceu mais tempo no tricolor paulista. Foram 16 anos e 4 meses, 18 temporadas seguidas, com 516 jogos, 309 vitórias, 102 empates e 105 derrotas! Pelo time do Morumbi, Teixeirinha conquistou 6 campeonatos paulistas (1943/45/46/48/49/53) e chegou a ser convocado para a Seleção. Não fosse a Segunda Guerra Mundial – que impediu a realização da Copa do Mundo – e o jogador teria defendido a pátria de chuteiras naquele evento.
Depois de tantos números positivos em relação ao São Paulo, não é de se duvidar do amor envolvendo Teixeirinha e o clube. O site Tricolor Mania destaca esta paixão da seguinte forma: “Poucos jogadores foram tão apaixonados pelo São Paulo quanto Teixeirinha. Foi o que teve carreira mais longa dentro do clube, quinze anos. Ao se retirar do Tricolor, tentou ainda jogar na Portuguesa Santista, porém um estranho fenômeno psicológico o impediu. Sentia-se mal vestindo outra camisa e abandonou de vez o futebol, foi ser revendedor comercial, negociando com madeiras”.
A aposentadoria de Teixeirinha pelo São Paulo aconteceu em 03/03/1956, quando ele contava 34 anos. Depois da experiência frustrada na Portuguesa Santista, ele abandonou o futebol, mas permaneceria na memória dos torcedores paulistas como um dos grandes da história do clube. Nos anos 1960, quando este Teixeirinha se tornou uma lenda, um outro Teixeirinha – igualmente campeão em sua profissão, e ainda mais conhecido – surgia para o mundo. Mas aí estamos tratando de um velho conhecido: o “Gaúcho Coração do Rio Grande”.
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